Review do Xiaomi Mi 10T Pro: o melhor custo-benefício
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O Xiaomi Mi 10T Pro apresenta uma excelente relação custo-benefício com um Snapdragon 865, tela de 144 Hz e uma bateria de 5.000 mAh com preço sugerido de R$ 7.000. Nesta análise, explico por que o Xiaomi Mi 10T Pro é um dos smartphones topo de linha mais interessantes do mercado.
Prós
- Câmera de 108 MP
- Tela LCD de 144 Hz
- Snapdragon 865
- MIUI 12
- Bateria de 5.000 mAh
Contras
- Sem lente teleobjetiva dedicada
- Sem carregamento sem fio
- Anúncios na MIUI
- Sem certificação IP
- Armazenamento não expansível
Para quem é o Xiaomi Mi 10T Pro?
O Xiaomi Mi 10T Pro está disponível em duas configurações de memória, ambas com 8GB de RAM e opções de armazenamento com 128 ou 256 GB, e tem preço de tabela de R$ 7.000 (fora descontos eventuais para compra à vista). O smartphone está disponível em três cores: Cosmic Black, Lunar Silver e Aurora Blue. Este último apenas para a versão mais cara de 8 GB/256 GB.
Como mencionei na introdução desta avaliação, você encontrará aqui todos os pontos-chave de um smartphone ultra-premium. O Snapdragon 865 é mais que bem-vindo. O conjunto fotográfico triplo com seu grande sensor de 108 megapixels é um dos destaques. E a bateria de 5.000 mAh promete lidar com os requisitos de se alimentar a tela de 144 Hz.
No papel, o Xiaomi Mi 10T Pro é, portanto, mais acessível do que o Mi 10 Pro e tecnicamente melhor do que o Mi 9T Pro, que continua a ser o topo das comparações em termos de relação preço-desempenho. Lá fora, a Xiaomi ainda dá um belo tapa na cara da OnePlus, já que o OnePlus 8 é mais caro do que o Mi 10T Pro básico.
Um design limpo, mas que se destaca
Como em quase todos os smartphones Xiaomi premium (ou perto disso), o design do Mi 10T Pro é muito elegante. Traseira de vidro, bordas metálicas e tela plana discretamente perfurada por um furo na parte superior esquerda.
Mas o que impressiona quando vemos o Xiaomi Mi 10T Pro pela parte de trás é o tamanho do módulo fotográfico. Não só o sensor principal de 108 megapixels lembra o Olho de Sauron, como o módulo retangular no qual as três lentes estão colocadas se destaca muito.
O Xiaomi tem um grande módulo fotográfico, ou melhor, grosso. Quando se deita o smartphone em uma superfície, ele balança muito. Mas dá um aspecto bastante particular ao smartphone. Eu sei que parece bobo e certamente é absurdo, mas tenho uma tendência infeliz para gostar de smartphones "feios" como o Vivo X51. Mas, eu entendo perfeitamente que o ciclope na parte de trás do smartphone pode afastar alguns compradores potenciais.
O smartphone é bastante robusto, mas tem uma excelente pegada. A tela pode ser plana, mas o painel ainda está curvado nas bordas. As bordas transversais são achatadas, o que tem o efeito de interromper o movimento "curvo" do resto do design, uma forma de conter as curvas do smartphone como um espartilho. Tenho dificuldade em descreve-lo por escrito, mas é um detalhe muito bonito.
O botão de desbloqueio, que também aloja o leitor de impressões digitais, está bem colocado na lateral direita do Xiaomi Mi 10T Pro. A extremidade inferior abriga a porta USB-C, bem como um alto-falante e a gaveta para o chip da operadora. Não é possível usar um cartão microSD, como infelizmente tem se tornado padrão nesta faixa de preço. O Xiaomi Mi 10T Pro também não tem certificação IP para a proteção contra água ou poeira.
No geral, o design não é tão trabalhado como no Xiaomi Mi 10 Pro, mas penso que o smartphone tem um certo charme e achei muito agradável de manusear.
Tela LCD, mas com 144 Hz
Sim, uma tela LCD não parece ter lugar em um aparelho topo de linha, mas a Xiaomi promete que "O Mi 10T Pro tem um dos melhores painéis LCD usados atualmente em um smartphone".
E durante o uso, eu achei o brilho máximo de 650 nits prometido pelo fabricante muito eficaz para garantir uma boa legibilidade em todas as circunstâncias. O contraste é um pouco menor em comparação com o de um painel AMOLED e a taxa de reflexos também é mais perceptível, claro.
O Xiaomi MI 10T Pro oferece um painel de 6,67 polegadas com uma taxa de atualização de 144 Hz, um recurso que atualmente geralmente só é visto em smartphones para jogos. Esta taxa é obviamente dinâmica, por isso se adapta ao uso do smartphone e dos aplicativos que você abre, alternando entre 60 e 144 Hz, a fim de preservar a bateria.
Para ser sincero, eu não tenho nada contra telas LCD. Existem algumas muito boas no mercado, e prefiro um LCD de 144 Hz do que um AMOLED de 60 Hz. Mas isso é uma escolha pessoal, admito. Além disso, a taxa de atualização, amplamente divulgada para uso em jogos, não é um fator decisivo.
Precisamos também falar sobre a taxa de amostragem para toque, ou seja, o número de vezes por segundo que a tela do smartphone registra um contato dos seus dedos. Quanto maior for o valor, também expressa em Hz, mais responsiva será a tela para os controles por toque.
Em um smartphone premium como o Asus ROG Phone 3, por exemplo, a taxa de amostragem para toques é de 240 Hz. No Mi 10T Pro, é de 180 Hz. E eu posso garantir que você pode sentir a diferença no uso em termos de sensibilidade e resposta táctil.
Mas essa é uma preocupação nerd com a qual quase nenhum consumidor se importa. No geral, a tela do Xiaomi Mi 10T Pro se sai muito bem. Entendo a escolha de um painel LCD e não o considero prejudicial para a experiência do usuário, graças à fluidez das atualizações.
MIUI 12: entretenimento, segurança e... anúncios
Muito tem sido dito sobre a MIUI 12 . O hype em torno da nova personalização da Xiaomi foi forte na época de sua apresentação. Temos um artigo de avaliação completo da MIUI 12 que traz uma opinião mais completa sobre o assunto.
Visualmente, a skin Android da Xiaomi parece de outro mundo. Mas também é muito bem trabalhada e otimizada, com grandes esforços feitos pela fabricante na proteção de dados pessoais, personalização e ergonomia.
Para começo de conversa, temos entretenimento por todo o lado. Ao ativar um aplicativo, em vez de abrir e fechar pelo meio, cada app na MIUI 12 se expande visualmente diretamente do ícone no sistema ao ser aberto e desaparece suavemente ao fechar.
Também temos animações no painel de monitoramento da bateria e nas configurações de armazenamento, além disso, elas podem ser personalizadas, com diferentes escolhas de ícones, etc. Não achei que a bateria era mais exigida do que em smartphones com interfaces mais leves, e o sistema de navegação sempre foi muito fluido. Tudo bastante impressionante.
Também temos o Mi Control Center, que é muito mais do que um menu de notificação expandido. Na verdade, a parte superior da tela na MIUI é dividida ao meio em termos de resposta a gestos. Deslizar a tela a partir do canto superior esquerdo o leva para a tela de notificações, simples.
Para acessar o Mi Control Center, você precisa deslizar a partir do canto superior direito. Não é muito intuitivo no início, mas você se acostuma com o tempo. A tela contém todos os atalhos das aplicações do sistema, o gravador de tela nativo, modo escuro, etc. Bem como informações de conectividade de rede e Bluetooth.
E se tudo à primeira vista é bem feito e personalizável, não deixa de ser uma pena que tudo isso, o centro de controle e as notificações, não esteja no mesmo lugar. Em qualquer caso, acho uma pena ter de fazer dois gestos diferentes para acessar estas informações separadamente.
Com a MIUI 12, a Xiaomi também dá uma grande ênfase na proteção dos seus dados pessoais. A nova interface incorpora um sistema de gestão de autorizações para aplicativos. É uma revisão completa do gerenciador de permissões que permite ver rapidamente quais apps têm quais autorizações.
Você também é notificado cada vez que um aplicativo solicita acesso à câmera, microfone ou local, com um alerta exibido em caracteres grandes e ocupa quase um terço da tela. Quando você inicia um aplicativo do sistema pela primeira vez, a MIUI 12 chama a atenção para as informações que ele será capaz de acessar. Este recurso foi nomeado "Barbed Wire" pela Xiaomi (arame farpado, em tradução direta).
A MIUI também envia um alerta sempre que um aplicativo tenta usar a câmera, microfone ou localização sem a sua permissão. Este recurso também torna possível manter um registro de cada vez que um aplicativo usa um determinado recurso. Você pode ver em tempo real, como e quando um app acessou seus dados.
Finalmente, há outro recurso chamado de "Mask System" (sistema de máscara), que retorna mensagens falsas ou vazias por padrão quando um app de terceiros tenta acessar seu registro de chamadas ou mensagens. Esta função foi pensada para evitar que aplicativos suspeitos leiam os seus dados privados.
Outro ponto forte em termos de segurança e privacidade é a possibilidade de criar uma identidade virtual. Na prática, a MIUI 12 permite que você oculte o uso do navegador sob um perfil virtual. Você pode redefinir esse RG virtual sempre que preferir, para limpar qualquer informação relacionada ao uso ou preferências.
Finalmente, devo destacar que encontrei anúncios no início do meu teste pela interface do sistema e em alguns apps de fábrica. O Xiaomi Mi 10T Pro que testei utilizava a ROM global, e notei um anúncio pop-up ao configurar o smartphone enquanto instalava um papel de parede dinâmico. Então era um anúncio na aplicação nativa Xiaomi Themes da MIUI 12.
Eu também poderia falar sobre as janelas flutuantes para multitarefas, a bandeja de aplicativos, o Mi Share ou o novo modo de foco, mas para encurtar a página, recomendo a leitura da avaliação da MIUI 12 citado no topo desta seção.
No geral, com a MIUI 12, a Xiaomi conseguiu convencer e fisgar este fã da OxygenOS. Embora eu prefira interfaces leves, sem chegar à obsessão do Android puro, achei a personalização da MIUI 12 um tanto exagerada, mas também muito fluida e visualmente muito agradável.
É uma das interfaces mais inusitadas do mercado, mas também a mais polida.
O poder do Snapdragon 865
O Snapdragon 865 foi um dos processadores mais populares em 2020 entre o segmento premium. E o motivo é um só, todos sabem que este chip topo de linha sempre oferece um desempenho excelente.
O Xiaomi Mi 10T Pro tem uma performance muito boa nos benchmarks gráficos 3DMark em comparação com o OnePlus 8T, equipado com o mesmo 865. Encarando smartphones gamer como o ROG Phone 3 e o RedMagic 5S, com mais RAM e com melhor controle de temperatura, os resultados são logicamente mais baixos.
Mas em uso, você pode rodar os jogos mais exigentes em termos de recursos com os gráficos no máximo sem nenhum problema. E claro, não tive nenhum engasgo durante a navegação ou multitarefa.
Xiaomi Mi 10T Pro na bancada de testes:
Xiaomi Mi 10T Pro | OnePlus 8T | RedMagic 5S | Asus ROG Phone 3 | |
---|---|---|---|---|
3D Mark Sling Shot Extreme ES 3.1 | 7.102 | 7.112 | 7.736 | 7.724 |
3D Mark Sling Shot Vulkan | 6.262 | 5.982 | 7.052 | 7.079 |
3D Mark Sling Shot ES 3.0 | 8.268 | 8.820 | 9.687 | 9.833 |
Geekbench 5 (single / multi) | 908/3.332 | 887/3.113 | 902/3.232 | 977/3.324 |
PassMark memória | 28.045 | 27.766 | 27.442 | 28.568 |
PassMark armazenamento | 94.992 | 98.574 | 88.322 | 124.077 |
Também testei os novos benchmarks da 3DMark chamados de Wild Life e Wild Life Stress Test. Estas avaliações consistem em simular, durante um minuto para o primeiro e durante 20 minutos para o outro, uma sessão de jogo intensa com os gráficos no máximo.
O interessante nestes testes é que eles nos informam sobre o controle de temperatura e a consistência dos FPS exibidos na tela durante estas sessões de simulação. Basicamente, temos uma visão teórica de como o smartphone se comporta quando você abre o Call of Duty Mobile com os gráficos no modo ultra.
Em uma sessão intensa de 20 minutos, o Xiaomi Mi 10T Pro manteve uma taxa de quadros que oscilou entre 16 e 43 FPS e uma temperatura de 32 a 38° C. A temperatura crítica de 39° C nunca foi ultrapassada e o sobreaquecimento permaneceu bastante limitado.
A Xiaomi não deu detalhes sobre o seu sistema de refrigeração interno. Em todo o caso, o processador e sua GPU Adreno 660, com os 8 GB de RAM LPDDR 5 e armazenamento UFS 3.1, permitem um bom desempenho nos jogos.
Módulo fotográfico triplo de 108 MP
Só de conferir as especificações, o grande sensor principal de 108 megapixels já bate a curiosidade de testar o smartphone na hora. Na hora lembro do Xiaomi Mi Note 10 que foi o primeiro smartphone lançado na Europa a incorporar um sensor com uma resolução tão alta, antes mesmo do Samsung Galaxy S20 Ultra.
Em suma, na traseira do smartphone encontramos um módulo de fotografia triplo:
- Um sensor principal de 108 MP com um tamanho de 1/1,33" e uma abertura de F/1,69 com pixel binning (combinação de 4 pontos em 1 pixel final), um FOV de 82° e OIS (estabilização óptica);
- Um sensor ultra grande-angular de 13 MP com um tamanho de 1/3,06", uma abertura de F/2,4 e um FOV de 123°;
- Um sensor macro de 5 MP com um tamanho de 1/5", abertura de F/2,4, um FOV de 82° e autofoco (de 2 a 10 cm do objeto).
A câmara de selfie tem um sensor de 20 megapixels com um tamanho de 1/3,4", uma abertura de F/2,2, com um FOV de 77,7° e tecnologia de combinação de pixels.
No papel, o Xiaomi Mi 10T Pro tem quase tudo a seu favor. Tudo o que faltava era uma lente teleobjetiva dedicada para garantir um alcance mais versátil possível, mas que o fabricante deixou de lado.
As fotos do Xiaomi Mi 10T Pro de dia
Por padrão, o Xiaomi Mi 10T Pro captura fotos a 27 MP (108 megapixels divididos por 4) via combinação de pixels (pixel binning, no linguajar técnico). Mas você pode mudar para o modo Pro e tirar fotos na definição completa de 108 megapixels, o que permite uma melhor exposição e mais detalhes, embora a diferença seja realmente muito sutil.
Durante o dia, mesmo em condições de luz menos favoráveis (graças ao clima de Berlim), o sensor principal se sai muito bem. A nitidez é padrão e eu fiquei muito satisfeito com o nível de detalhes capturado. A exposição é bem controlada e as cores naturais.
Na ultra grande-angular, a qualidade cai ligeiramente. A foto permanece limpa, mas eu notei uma tendência à superexposição. Olhe a imagem superior esquerda abaixo, é muito mais brilhante, excessivamente iluminada, em comparação com o resto das fotos.
As fotos do Xiaomi Mi 10T Pro em zoom
O Xiaomi Mi 10T Pro dispensa uma lente teleobjetiva dedicada, o que garantiria uma gama de opções mais versátil possível. Por esse motivo, temos que contar com uma ampliação digital que depende da grande resolução do sensor principal de 108 MP para recortar a imagem e aplicar a ampliação.
O zoom máximo que você pode aplicar é uma ampliação de 30x. Esta última não é utilizável e é, em qualquer caso, irrelevante para fotografias de mão sem tripé. Quanto ao resto, da ampliação de 2x a 10x, encontrei resultados significativamente melhores do que os que consegui obter com o OnePlus 8T e o seu sensor de 48 megapixels.
Repare no quão inútil é o zoom 30x sem um tripé, a granulação está por toda parte e os pixels borrados mal permitem distinguir as inscrições em alemão no painel. Mas eu descobri que os zooms 2x e 5x foram bastante eficazes para limitar a perda de detalhes.
As fotos do Xiaomi Mi 10T Pro à noite
À noite, o sensor grande-angular de 108 megapixels do Xiaomi Mi 10T Pro funciona notavelmente bem, ainda melhor com o modo noturno dedicado. Este último permite que a cena seja bem iluminada sem "queimar" a foto, o que costuma acontecer ao acentuar em excesso as fontes de luz, como a iluminação urbana.
Podemos notar uma suavização um pouco pronunciada demais para reduzir o nível de ruído, o que faz com que as fotos percam nitidez. A lente ultra grande-angular se sai mal com pouca luz, mas achei o zoom eficaz, especialmente em termos de nível de detalhes.
No geral, o módulo de fotografia do Xiaomi Mi 10T Pro é perfeitamente compatível com o preço do smartphone. Dia e noite, as fotos com a grande angular são excelentes. O zoom permanece eficaz desde que seja limitado a ampliação 2x ou mesmo 5x, no máximo. A ultra grande-ângulo é mediana demais para um smartphone que quer ser topo de linha, mas o poderoso modo noturno complementa o módulo fotográfico, que no geral achei mais eficaz do que o do OnePlus 8T, vendido pelo mesmo preço.
Mas não posso deixar de pensar que uma lente teleobjetiva teria sido melhor que um sensor macro, mesmo que não tenhamos que lidar com uma macro de uma resolução ridícula de 2 megapixel, mas 5 megapixel.
Duração da bateria espetacular
O Xiaomi Mi 10T Pro é equipado com uma bateria de 5.000 mAh . É uma capacidade mais do que bem-vinda para dar conta dos custos de energia envolvidos em uma tela com uma alta taxa de atualização.
Para recarga, o Xiaomi Mi 10T Pro é fornecido com um carregador de 33 W (11V/3A). O suficiente para permitir a recarga de 10 a 100% em apenas uma hora. Um resultado muito bom, especialmente tendo em conta a grande bateria do Mi 10T Pro. Note, no entanto, que o smartphone não é compatível com a recarga sem fios.
Durante o teste, usei o Xiaomi Mi 10T Pro com uma taxa de atualização dinâmica de 144 Hz (ele vai até 60 Hz na interface do sistema, por exemplo, depois 144 Hz ao abrir um jogo), bem como com o brilho adaptativo. Tudo somado, eu mantive em média mais de 20 horas antes de cair abaixo dos 20% de carga restantes. VINTE HORAS! E isso, com mais de seis horas de tela gasto em jogos mobile, videochamadas e streaming de vídeo.
Imagino que com a taxa de atualização bloqueada em 60 Hz e um uso menos intensivo, com um tempo de tela, digamos, de três horas, a autonomia da bateria deva exceder os dois dias completos de uso. Este é uma verdadeira demonstração de força para Xiaomi e uma lição de otimização para os seus concorrentes.
Mesmo com o benchmark PCMark que usamos para a bateria aqui no NextPit, e que simula um uso irreal - já que exige demais do smartphone, o Xiaomi Mi 10T Pro aguentou 23 horas antes de cair abaixo dos 20% restantes da bateria.
Conheço alguns smartphones Samsung e iPhones que deveriam humildemente se sentar, tomar algumas notas e rever cuidadosamente seus sistemas de energia porque o Xiaomi é o melhor da categoria nesta faixa de preço.
Veredito Final
O Xiaomi Mi 10T Pro é um dos smartphones - juntamente com o Poco F2 Pro, o OnePlus 8T ou o Oppo Reno 4 -, que forma uma nova gama intermédia de topos-de-linha "acessíveis". Temos quase tudo de uma ficha técnica premium sem ter de pagar mais de R$ 8.000.
O módulo fotográfico triplo de 108 megapixels é muito bom, exceto na ultra grande-angular, o Snapdragon 865 oferece um desempenho sólido, a tela LCD de 144Hz é super suave e a bateria de 5.000mAh é nada menos do que espetacular. Raramente usei tantos superlativos em uma avaliação, e se já leram algumas das minhas avaliações, sabem como posso ser "cri-cri" nas minhas opiniões.
Mas em termos de relação custo-benefício para um aparelho flagship, dificilmente podemos encontrar algo melhor. Eu ainda tenho uma preferência pelo OnePlus 8T, mas eu realmente sou suspeito para dizer isso, considerando o meu apreço pelo OxygenOS 11.
Quando lembramos que o Xiaomi Mi 9T Pro, seu antecessor, foi o campeão da relação qualidade-preço e que passou boa parte de 2020 no topo dos rankings de reviews e outros guias de compras, podemos dizer que o Xiaomi Mi 10T Pro é um digno representante da sua linhagem.
Se eu tivesse que recomendar um topo de linha em 2020, e tivesse que ignorar a minha queda pelo OnePlus, o Xiaomi Mi 10T Pro é sem dúvida uma das melhores escolhas se você quiser valorizar o seu dinheiro.
Excelente review , Xiaomi está evoluindo muito nós intermediarios Premium , mas considerar 7 mil reais nele não vale a pena , não compraria.
Não dá para entender e aceitar que uma marca " c h i n e s a " que invadiu o Brasil conquistando uma vantajosa fatia do mercado tem mudado seu foco, e sua direção decidiu que iriam usar a marca para brigar com empresas lideres do segmento como Samsung e Apple, aí realmente não rola, afinal você jogar R$ 7.000,00 numa marca de aparelho como a Xiaomi, você vai perder e perder muito ! Xiaomi foi criada e sempre será sinônimo de aparelhos baratos, para quem deseja os melhores aparelhos no quesito custo/benefício, e jamais como aparelhos da línha "Premium"