Elon Musk oferece US$ 100 milhões para melhor ideia em tecnologia de captura de carbono

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© Kathy_Hutchins / Shutterstock.com

Na última quinta-feira (21), Elon Musk, dono da Tesla, anunciou em sua conta do Twitter que irá doar US$ 100 milhões para quem tiver a melhor ideia em tecnologia de captura de carbono. 

O tweet foi acompanhado da informação de que maiores detalhes serão divulgados na próxima semana. É do conhecimento não só de Musk, mas de muita gente, que as emissões de carbono na atmosfera têm sido responsáveis por grande parte dos problemas climáticos enfrentados atualmente. 

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  © Elon Musk/Twitter

"Irei doar US$ 100 milhões em um prêmio pela melhor tecnologia de captura de carbono. Detalhes na próxima semana."

Embora o problema esteja em evidência atualmente, poucas tecnologias têm sido desenvolvidas para saná-lo  - já que as técnicas inventadas atualmente focam mais na inibição da emissão do carbono do que em capturá-lo quando ele já está no ar - estratégia defendida pelo CEO da Tesla.

O projeto de Musk pode servir de incentivo para muitos pesquisadores da área. Joe Biden, presidente dos EUA, também afirmou o compromisso de acelerar a criação de novas tecnologias voltadas para a causa.

Elon Musk e o meio ambiente

Só o fato de ter uma empresa inteira voltada para a produção de carros elétricos já é um avanço para conter a emissão de poluentes na atmosfera, e vale lembrar que a preocupação de Musk com o meio ambiente não é recente. O bilionário já foi responsável pela criação de soluções tecnológicas voltadas para o armazenamento de energia renovável. 

O projeto foi realizado através da compra da SolarCity, que foi feita pela Tesla, em 2016. A intenção era promover integrações entre os carros elétricos e as baterias/painéis solares.

Musk também defende a cobrança de mais impostos sobre o uso de carbono - o que poderia impedir que empresas usassem mais o poluente do que o estritamente necessário. Assim, ou elas "saem do mercado, ou mudam suas práticas". Já que, segundo o empresário:

"Existe uma certa quantidade de carbono que está circulando pelo meio ambiente: ele vai para o ar, é absorvido por planetas e animais, e volta para o ar. Esse carbono está apenas circulando pela superfície. Isso funciona bem, e vem acontecendo por centenas de milhões de anos.

O que mudou é que acrescentamos algo à mistura. Isso é o que eu chamaria de “cocô na tigela”: nós adicionamos carbono extra ao ciclo de carbono, e o resultado líquido é que sua quantidade nos oceanos e na atmosfera está aumentando com o tempo. É muito mais do que pode ser absorvido pelo ecossistema.

É realmente bem simples: estamos pegando bilhões de toneladas de carbono, que estava enterrado por centenas de milhões de anos, e não fazia parte do ciclo de carbono, pegando do subterrâneo profundo e adicionando ao ciclo de carbono.

O resultado é um aumento constante no carbono da atmosfera e dos oceanos. (...)

(...) A sensibilidade do clima é extremamente alta. Nós ampliamos esta sensibilidade ao erguer cidades bem no litoral. A maioria das pessoas vive muito perto do oceano, e alguns países sumiriam com um aumento do oceano. Nós basicamente projetamos a civilização para ser extremamente sensível à mudança climática."
 

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