LG G7: e dessa vez, a LG acertou?

O G7 tem nome e sobrenome, LG G7 ThinQ, e essa nomenclatura é uma bela jogada de marketing da marca sul-coreana para que os usuários possam se interessar – e também conhecer – os recursos de Inteligência Artificial do dispositivo. As funções presentes, nesse sentido, se estendem a vários aspectos do aparelho, como câmera e uma integração entre Google Assistente, eletrodomésticos e eletrônicos da LG (apenas nos EUA e Coréia). Temos um identificador de objetos que escolhe o filtro mais adequado para a cena, como animais e comidas, catalogação automática de imagens por tags e controles por voz, por exemplo.

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A essência dos recursos de IA estão presentes, mas eles estão sendo explorados pela LG de uma forma mais simples e, digamos, popular, tentando organizar e otimizar a vida do usuários através de ações básicas de software. Essa é a mesma estratégia da Asus, por exemplo, que também otimizou os recursos essenciais de software do Zenfone 5 de forma semelhante. A questão aqui é a seguinte: isso será o suficiente para agradar os usuários? Acredito que parcialmente, pois tudo dependerá da eficiência prática desses recursos em uso cotidiano, do trabalho da marca em fazer os usuários reconhê-los dentro do sistema e da evolução continua desses recursos a longo prazo.

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O ponto positivo nisso é que a LG costuma levar adiante suas criações, apesar de não mantê-las atualizadas pontualmente entre dispositivos. A Samsung, por exemplo, está otimizando sua segunda assistente de voz e já descontinuou muitos serviços para chegar nesse ecossistema mais confiável e enxuto. Espero que a LG otimize esses recursos com o tempo e que eles não morram na praia como os módulos LG Friends, do G5 SE, um investimento que ficou restrito a um único lançamento.

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Agora, sobre o design, podemos dizer que a marca manteve sua assinatura visual e está atingindo um ponto de alta construção no que diz respeito ao corpo e materiais utilizados. Não podemos nos esquecer que a LG foi pioneira em levar botões de energia e volume para a parte traseira do celular e, a partir dessa inciativa, outras marcas ganharam a confiança de transferir sensores e outras características para essa parte do dispositivo. Isso também impulsionou, com o tempo, a chegada da era das telas frontais com poucas bordas. A grande controvérsia aqui fica por conta da escolha pelo notch, o entalhe.

Notch não é padrão de design, é uma infeliz tendência e, em termos financeiros e de escala de produção, pode ajudar algumas marcas a emplacar seus produtos no mercado. Não está certo o motivo dessa escolha, até porque o LG G6 tem um ótimo aproveitamento de tela e serviu como base de "inspiração" para construção de vários modelos, como o Pixel 2 XL e o V30S. Como a LG deve colocar um dispositivo com preço pouco popular à venda por aqui, a questão do recorte em um produto premium é bastante desagradável, principalmente quando não há motivos convincentes para a existência de tal.

De resto, o G7 ThinQ e seu marketing certeiro envolvendo IA têm de tudo para ganhar a confiança dos consumidores e do mercado, apesar dos mínimos retrocessos. Nosso mercado fica na expectativa pelo lançamento, sobretudo no que toca o preço do produto, se haverá mudanças no hardware vendido por aqui e como a empresa irá se comunicar com os clientes sobre o uso da Inteligência Artificial no dia a dia. Se isso não acontece de forma impecável, não me arrisco a dizer que o futuro da LG possa virar uma espécie de alternativa de nicho, como a Sony.

Tudo de bom pra LG. Segue o jogo...

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