ZTE lança seu Axon 20 5G: o primeiro smartphone com câmera sob a tela

O ZTE Axon 20 5G, está em pré-venda na China a partir de 2198 yuan, ou quase R$ 1.700 (sem impostos). Portanto, estamos na frente de um smartphone de gama média, apesar do seu "recurso", que é a sua câmera frontal invisível de 32MP.

A ficha técnica do ZTE Axon 20 5G é bastante interessante nesta faixa de preço. Temos direito a uma tela Oled de 6,92 polegadas em definição Full HD + (proporção 20,5: 9), uma bateria de 4220 mAh com carga rápida de 30W. O smartphone também inclui um Snapdragon 765G acoplado com 6 ou 8 GB de RAM e armazenamento expansível de 128 ou 256 GB.

No lado da foto, o ZTE Axon 20 5G possui um módulo quádruplo com um sensor principal de 64 Mpx, um ultra grande angular de 8 Mpx, um sensor de profundidade (bokeh) de 2 Mpx e uma lente macro de 2 Mpx também. Mas a câmera selfie é a verdadeira estrela deste dispositivo. 

Ser o primeiro a todo custo, a chave do sucesso?

De acordo com a ZTE, esta "câmera sob exibição" de 32 Mpx é baseada no uso de um "material de alta transparência", bem como algoritmos de software otimizados para compensar o impacto na qualidade da imagem. Impossível dizer se a promessa se manterá diante dessas explicações mais do que lacônicas e principalmente sem ter testado o smartphone. 

O certo é que uma camada de um material sobreposta no fotossensor, por mais transparente que seja, terá impacto na qualidade da imagem. Caberá então aos consumidores escolher o compromisso que melhor lhes convém, entre a qualidade da foto e a qualidade da tela. 

Mas a ZTE realmente parece ter feito um grande esforço para voltar à vanguarda com este Axon 20 5G. O fabricante também disse em seu comunicado à imprensa de lançamento que este smartphone "marca o início da nova estratégia de produtos da ZTE".

De acordo com Ni Fei, presidente da ZTE Mobile, "os smartphones serão nossa principal área de inovação de produtos". Apesar dessa garantia, a questão da maturidade dessa tecnologia permanece sem resposta. 

O fato de que até a Xiaomi, que vem exibindo uma câmera "sob exibição" desde 2019, está esperando até 2021 para produzir em massa essa tecnologia e comercializá-la em seu Xiaomi Mi 10 Ultra é preocupante. É certo que a ZTE entendeu a vantagem de ser a primeira quando se trata de vender um novo produto ou um novo recurso. 

No jargão de marketing, falamos de TTM ou "Time to market", ou o tempo que um fabricante leva entre o design e a comercialização de um produto. Em geral, quanto mais longo esse TTM, mais diminuem as chances de sucesso comercial.

Vamos torcer para que a ZTE não tenha dado uma largada falsa nessa corrida pela inovação.

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Fonte: ZTE